Eva RapDiva fala sobre o novo Single "LadyBoss", na participação no Red Bull Culture Clash e do próximo álbum [Entrevista]


“LadyBoss” é o novo single de Eva RapDiva com participação de DJ Elly Chuva e produção de Ricardo 2R. O vídeo foi realizado por Black Rose Lisbon.
No Dia Internacional da Mulher, a autora de EVA decidiu lançar um novo tema que, segundo a própria, é “uma chamada de atenção” para todos aqueles que a criticaram depois do sucesso que conquistou em Angola no ano passado.
Numa pequena abordagem a MC, falou sobre a nova música, a participação no Red Bull Culture Clash e do próximo álbum:

Escreveste a letra ou começaste de improviso: voltaste às tuas raízes?

A letra dessa música começou num improviso que captei em estúdio a “saborear” o beat espectacular do Ricardo 2R. E, quando terminei, decidi que se calhar podia aproveitar um bocado do que tinha feito e fazer uma música. Corte nas partes melhores, até um possível refrão havia por ali. Então fizemos um género de corte e costura aos áudios do freestyle e depois regravei tudo, usando só o que mais gostei.

Eva RapDiva a.k.a. Lady Boss, devemos referir-nos a ti agora dessa forma? O que quiseste transmitir com esta nova música?
Eva RapDiva a.k.a. LadyBoss. Bom, o LadyBoss é um a.k.a. das streets de Luanda, do meu meio, porque algumas pessoas conhecem o meu hustle diário para conseguir conquistar tudo o que tenho. Honestamente, o Eva RapDiva é suficiente para a imprensa. O LadyBoss, por enquanto, é o a.k.a. da street, do meu meio, para o meu people. [risos]
Com esta nova música quis basicamente “posicionar” alguns peões do game! Eu fiz muito sucesso em Angola em 2017, fui atacada e nada fiz, nada disse, só trabalho. O “LadyBoss” não é uma resposta, é uma chamada de atenção. Não temo rappers, homens ou mulheres, orgulho-me de tudo o que fiz, da kizomba inclusive, e tudo o que fiz faz de mim uma LadyBoss. Entretanto, claro que todo o rap game “para mim é de leve”.

Usaste algumas das dicas na Culture Clash. Como foi para ti esta participação? A mistura de estilos, o trabalhar ao lado da Capicua… Como foi?
Sim, rimei o primeiro verso da música num dos beats do segundo round do Clash, se não me engano, e usei a dica da “terra e da lua” adaptada de improviso contra outra equipa.
Adorei! Foi uma experiência muito boa, a nossa equipa juntou amigas! Não sei se elas sabem, mas eu tenho uma amor e admiração muito grande por elas. Estivemos a ensaiar num ambiente super animado onde convivemos de uma maneira que a nossa agenda já não permitia há alguns anos.
Trabalhar com a Capicua não é fácil porque ela é das pessoas mais exigentes, organizadas e focadas que conheço. Mas eu não gosto de coisas fáceis, por isso é sempre bom e positivo. Cresço e aprendo muito porque, por nós sermos muito diferentes, complementamo-nos.

Vem aí novo álbum? Podes contar-nos algumas novidades?
Sobre novo álbum, colaborações, etc., só daqui a alguns meses é que posso falar, agora é muito prematuro. Mas pretendo manter a equipe de trabalho com o Vuivui (Kalibrados), Detergente, JP Da Maika, Selda, etc..



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